Perdi mais coisas do que jamais imaginária, vi pessoas que amo irem embora, sangrei por muito tempo, fui tola em sempre procurar enxergar o lado bom de cada pessoa, simplesmente algumas não possuem. Fui ingênua em achar que mostrando que realmente me importo, me preocupo, faria com que recebe-se tal demonstração de volta, fui burra em abraçar quem me empurra, fui estúpida em carregar a culpa por tanto tempo sem perceber que permaneci me enforcando com ela sozinha enquanto os outros também tinham as suas, fui descuidada para com os meus problemas, ao invés de fugir deveria ter insistido neles, descobri que é errando que se aprende, embora muitos tenham me menosprezado por isso, fui teimosa em te amar quando todos tentavam verdadeiramente me fazer desistir, fui tanta coisa, fui quente, tão quente que até o sol se queimaria, rabisquei planos, traçei sonhos, guardei-os numa gavetinha… E por curiosidade e falta de memória mesmo, a abri hoje e puxa vi que tanta coisa mudou! Eu já não era a mesma, estava fria por dentro, fria porque é isso que os machucados fazem, é isso que aprendi, que é preciso cair mil vezes e levantar mil e uma, estive despreparada, e como dói cair desprotegida, vesti minha armadura de luta, tranquei meu coração que agora está frio… Se você quiser entrar a porta vai estar fechada, então se quiser mesmo, peço que arrombe a porta, porque a chave eu perdi em um desses tombos corriqueiros do dia-a-dia.
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